terça-feira, 28 de julho de 2009

ABGLT Junto à ON


ABGLT ganha status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas
por Redação MundoMais

SUÍÇA – Com 25 votos favoráveis, a A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) ganhou status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU, na votação realizada nesta segunda, 27, em Genebra, capital da Suíça.

Com a aprovação, a ABGLT é a primeira organização LGBT de um país em desenvolvimento do hemisfério Sul a receber o status consultivo. O Ecosoc aprovou a candidatura da ABGLT com 25 votos a favor e 12 contra. Treze países se abstiveram.

O status consultivo é uma das principais formas de acesso ao sistema da ONU pela sociedade civil e a ABGLT é a primeira ONG de um país em desenvolvimento do hemisfério sul a receber status de consulta.

Assim, se tornar referência das demais ONGs que trabalham com as causas LGBT e se pronunciar presencialmente nas seções ordinárias da instituição, bem como com relatórios escritos em reuniões, além de realizar eventos nas dependências da ONU.

Direitos humanos – Além disso, pode ampliar a atenção dada pela ONU à violação de direitos humanos e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero que ocorre pelo mundo. Para o presidente da ABGLT Toni Reis o status significa um avanço na conquista dos direitos humanos para LGBT. “A ABGLT atuará incessantemente na defesa dos direitos de pessoas LGBT no mundo, para que nos 7 países onde há pena de morte e nos 80 que criminalizam a homossexualidade essas leis sejam revogadas e substituídas por leis que reconheçam a plenitude dos direitos humanos para todas e todos, inclusive LGBT. Queremos direitos iguais, nem menos, nem mais”, afirma Reis.

Ele destacou o apoio do governo brasileiro para a aprovação da ABGLT, como o apoio das Missões Brasileiras junto à ONU em Nova Iorque e Genebra, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde. Segundo Reis, com estes apoios, a ABGLT pôde estar presente para defender sua candidatura nas quatro vezes em que foi debatida.

Segundo John Fisher, da ONG ARC-International, foi a maior margem de votos favoráveis já obtida por qualquer ONG LGBT candidata ao status consultivo junto à Ecosoc. A decisão do Conselho representa a perseverança de três anos de avaliação da candidatura da ABGLT pelo Comitê de ONG do Conselho Econômico e Social. A candidatura foi apresentada em 2006.

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