BELÉM (PA) - De 1980 a junho de 2008 foram registrados 506.499 casos de Aids no Brasil. Durante esses anos, 205.409 mortes ocorreram em decorrência da doença. A epidemia no país é considerada estável. A média de casos anual entre 2000 e 2006 é de 35.384. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas. Os dados do Boletim Epidemiológico da Aids/DST 2008 divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. O aumento mais acentuado ocorreu na região Norte, onde os índices subiram de 6,8 para 14, praticamente dobrando a incidência de casos entre os anos de 2000 e 2006. No Pará, a incidência mais que dobrou, passando de 4,7 casos para cada 100 mil habitantes para 13,1 casos em 2006, colocando nosso Estado em quinto lugar em número de ocorrências, ficando atrás do Amazonas (18,2), Roraima (17,6), Rondônia (17,1) e Amapá (14,5). A região Sul segue a tendência de estabilização do país, porém em patamares elevados a cada 100 mil habitantes em 2000, existiam 26,3 casos. Em 2006, a taxa passou para 28,3. No Sudeste, há discreta queda: de 24,4 em 2000 para 22,5 em 2006. No Centro-Oeste, essa queda se apresenta a partir de 2003. Eram 21,3 casos a cada 100 mil habitantes em 2003 e 17,1 em 2006. No Nordeste, a taxa também aumentou, passando de 6,9 para 10,6. O boletim também trouxe um dado alarmante: a taxa de incidência de Aids entre pessoas acima dos 50 anos dobrou entre 1996 e 2006, passando dos 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7. A maioria dos casos de Aids, porém, ainda está na faixa etária de 25 a 49 anos. Os motivos para esse aumento estão principalmente nos preconceitos que cercam a vivência da sexualidade em pessoas acima dos 50 anos e que limitam a abordagem sobre o HIV, dificultando o combate à doença. Dos 47.437 casos de Aids notificados desde o início da epidemia em pessoas acima dos 50 anos, 29.393 (62%) foram registrados de 2001 a junho de 2008. Desse último grupo, 37% são mulheres e 63%, homens. >> Alerta para feminização da epidemiaDa população diagnosticada com Aids desde o início da epidemia até junho de 2008,foram identificados 333.485 (66%) casos de Aids em homens e 172.995 (34%) em mulheres.A razão de sexo no Brasil diminui ao longo da série histórica em 1986 eram 15 casos no sexo masculino para um no sexo feminino.Desde 2000,há 15 casos entre eles para 10 entre elas.Essa aproximação na razão de sexo, reflete a feminização da epidemia. Alguns fatores que contribuem para a vulnerabilidade das mulheres são: desigualdade nas relações de poder; maior dificuldade de negociação das mulheres quanto ao uso de preservativo; violência doméstica e sexual; discriminação e preconceito relacionados à raça,etnia e orientação sexual. A forma de transmissão predominante é por via heterossexual tanto em mulheres (90,4%dos casos) como em homens (29,7% dos casos). Entre os homens, a segunda principal forma de transmissão é homossexual (20,7% dos casos), seguida de usuários de drogas injetáveis (19%). (Diário do Pará)
ANTONIO ERNANDES MARQUES DA COSTA
Coordenador da ONG/GRUPAJUSCoord. Comite Metropolitano de Combate a TB/PA - FUNDO GLOBALRepresentante Norte na CAMS - MS/PN-DST/AIDSfone (91) 91916202/ (91) 3233.8759 Belem - Pará
ANTONIO ERNANDES MARQUES DA COSTA
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